sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A segunda história






                                    A SEGUNDA HISTÓRIA


A segunda história é a da Rosa Nilva. Conheci-a em 1984 quando cheguei em Ituiutaba para abrir uma área de vendas de cosméticos de uma marca internacional para a qual eu fora convidada para liderança.
Logo comecei a recrutar mulheres, treiná-las para as vendas e a Rosa foi uma das primeiras.
Muito interessada em aprender tudo que lhe proporcionasse condições de ganhar dinheiro logo se destacou como uma das mais dedicadas vendedoras e esse sucesso lhe deu segurança para juntamente com o marido comprar um terreno para edificar a casa pois moravam de aluguel.
O marido tinha a profissão de motorista e o que ganhava não era suficiente para  pagar a prestação do financiamento então a Rosa se comprometeu com 30% do valor das prestações  cujo valor não era alto pelo tamanho e simplicidade da casa que não tinha mais do que quarenta metro quadrados.O casal só tinha  uma filha de oito anos à época e assim a vida seguiu seu curso.
Mas nem sempre tudo acontece conforme planejamos e como relatei no livreto “Estava escrito nas estrelas” a empresa para a qual trabalhávamos encerrou as atividades no Brasil e eu tive que buscar  outra  para dar  suporte financeiro a todas as vendedoras que havia contratado e a Rosa era uma das mais necessitadas de trabalho pelo compromisso assumido no financiamento.
Logo fui admitida em outra empresa como líder e distribuidora dos cosméticos e a Rosa me acompanhou. Nove anos mais tarde abri uma loja para revenda também no varejo  e ficou registrada na foto da inauguração  a presença da Rosa Nilva.
Os percalços da vida às vezes nos tiram do rumo e a Rosa começou a ter problemas renais que com o passar dos anos a levou a um tratamento difícil pelo deslocamento que tinha que fazer para se submeter à hemodiálise em Goiânia.
A filha já adulta teve que arranjar um emprego fora para ajudar nas despesas do tratamento da mãe e o marido pediu aposentadoria antecipada para ficar em casa  cuidando da esposa .
As dificuldades financeiras pelos gastos com a doença acabaram por dificultar o pagamento das prestações do financiamento e após alguns meses  de atraso a filha quitou  todas as prestações  atrasadas com o dinheiro do salário que economizara .Aí já contava vinte anos de pagamentos à Caixa (o contrato era de 1988) mas a CAIXA cedeu os créditos para a EMGEA  que atualizou a dívida de forma abusiva, impossível de ser paga pois  a prestação  aumentada correspondia ao valor do salário mínimo que o marido recebia de aposentadoria.
A doença da Rosa progrediu e foi agravada pela diabete que provocou a perda parcial da visão e o marido sofria  com a precária  condição financeira e os gastos com a doença da esposa.
Foi aí que aconteceu o pior, a CAIXA e a EMGEA  decidiram exec utar o imóvel (após vinte anos de prestações pagas)e quando o casal foi notificado da execução  o marido no desespero viajou para Uberlândia  a fim de buscar uma solução na justiça federal . Ao chegar  na rodoviária tomou um taxi e quando ia desembarcar na porta do prédio da justiça federal teve um AVC  e veio a óbito.( Esse fato ocorreu em novembro de 2011)A Rosa ficou viúva, doente e praticamente cega.
A Rosa e o marido haviam assinado em 1988 juntamente com o compromisso da dívida um contrato de seguro por invalidez ou morte assim estaria findado o compromisso contratual de financiamento até porque pagaram prestações por  vinte e dois anos mas a mãe praticamente cega e a filha sem conhecimento dos direitos contratuais não tiveram a casa quitada.
No dia doze de março do ano de 2015 numa situação de vida dramática pela  diabete, problemas renais, trombose e praticamente cega a Rosa faleceu e dezoito dias após, um especulador do ramo imobiliário foi ao cartório com um  falso documento de leilão datado de 2012 validado  pela CAIXA e EMGEA, transferiu a casa para o seu nome e quatro meses mais tarde, às seis e trinta horas  do dia , chegou com três policiais e uma ordem judicial de despejo, e  antes que a filha da Rosa fizesse  o café para os filhos irem para a escola  iniciaram a ação de despejo .Retiraram todos os pertences  e móveis, levaram para um depósito e a mãe e os filhos ficaram até mesmo sem  as roupas para trocarem .Uma vizinha com pena da família os acolheu porque não tinham para onde ir.
Há vocabulário, expressão  gramatical ou qualquer recurso verbal que explique tamanha violação ao direito de família e propriedade? Até hoje a justiça nada resolveu no sentido de exigir providências da CAIXA e EMGEA para que cumpram o contrato e devolvam a casa para a  única filha herdeira do casal.
Fica no ar a pergunta: O que se entende por ordem pública, direito de família, direito de propriedade, segurança patrimonial, responsabilidade cartorial, premissas da CAIXA como empresa governamental responsabilizada pela ordem social através de moradia?
CAIXA E EMGEA são duas empresas governamentais que estão violando o sagrado direito familiar , promovendo a desordem social através de despejos  sem fundamento legal, fomentando a especulação imobiliária através de atos criminosos pela usurpação de casas  ilegalmente vendidas  .
Um final de vida trágico para o casal e o infortúnio para a filha que não tem onde morar.
A justiça nada decide e enquanto isso o especulador  já vendeu  a casa que está sendo reformada para ser novamente vendida. A CAIXA E EMGEA lucram roubando ( sim, a expressão correta é roubo)os imóveis pelos quais já recebeu  os valores devidos pelo empréstimo, pois não levam em conta os longos anos de prestações pagas.
Mas esse caso não  é apenas o segundo relatado nesse blog, há dezenas de famílias despejadas morando de favor, ou em precárias condições  nos arredores da cidade.




três mulheres, três histórias, o mesmo destino

https://4.bp.blogspot.com/-Fd-od_bIVxc/V5i5Zqa0niI/AAAAAAAAAeE/pujJq6159jYF94hT4NX3plN3TdUoCAGqgCLcB/s640/2.jpg


                                      A  SEGUNDA HISTÓRIA
A segunda história é a da Rosa Nilva. Conheci-a em 1984 quando cheguei em Ituiutaba para abrir uma área de vendas de cosméticos de uma marca internacional para a qual eu fora convidada para liderança.
Logo comecei a recrutar mulheres, treiná-las para as vendas e a Rosa foi uma das primeiras.
Muito interessada em aprender tudo que lhe proporcionasse condições de ganhar dinheiro logo se destacou como uma das mais dedicadas vendedoras e esse sucesso lhe deu segurança para juntamente com o marido comprar um terreno para edificar a casa pois moravam de aluguel.
O marido tinha a profissão de motorista e o que ganhava não era suficiente para  pagar a prestação do financiamento então a Rosa se comprometeu com 30% do valor das prestações  cujo valor não era alto pelo tamanho e simplicidade da casa que não tinha mais do que quarenta metro quadrados.O casal só tinha  uma filha de oito anos à época e assim a vida seguiu seu curso.
https://4.bp.blogspot.com/-Fd-od_bIVxc/V5i5Zqa0niI/AAAAAAAAAeE/pujJq6159jYF94hT4NX3plN3TdUoCAGqgCLcB/s640/2.jpgMas nem sempre tudo acontece conforme planejamos e como relatei no livreto “Estava escrito nas estrelas” a empresa para a qual trabalhávamos encerrou as atividades no Brasil e eu tive que buscar  outra  para dar  suporte financeiro a todas as vendedoras que havia contratado e a Rosa era uma das mais necessitadas de trabalho pelo compromisso assumido no financiamento.
Logo fui admitida em outra empresa como líder e distribuidora dos cosméticos e a Rosa me acompanhou. Nove anos mais tarde abri uma loja para revenda também no varejo  e ficou registrada na foto da inauguração  a presença da Rosa Nilva.
Os percalços da vida às vezes nos tiram do rumo e a Rosa começou a ter problemas renais que com o passar dos anos a levou a um tratamento difícil pelo deslocamento que tinha que fazer para se submeter à hemodiálise em Goiânia.
A filha já adulta teve que arranjar um emprego fora para ajudar nas despesas do tratamento da mãe e o marido pediu aposentadoria antecipada para ficar em casa  cuidando da esposa .
As dificuldades financeiras pelos gastos com a doença acabaram por dificultar o pagamento das prestações do financiamento e após alguns meses  de atraso a filha quitou  todas as prestações  atrasadas com o dinheiro do salário que economizara .Aí já contava vinte anos de pagamentos à Caixa (o contrato era de 1988) mas a CAIXA cedeu os créditos para a EMGEA  que atualizou a dívida de forma abusiva, impossível de ser paga pois  a prestação  aumentada correspondia ao valor do salário mínimo que o marido recebia de aposentadoria.
A doença da Rosa progrediu e foi agravada pela diabete que provocou a perda parcial da visão e o marido sofria  com a precária  condição financeira e os gastos com a doença da esposa.
Foi aí que aconteceu o pior, a CAIXA e a EMGEA  decidiram exec utar o imóvel (após vinte anos de prestações pagas)e quando o casal foi notificado da execução  o marido no desespero viajou para Uberlândia  a fim de buscar uma solução na justiça federal . Ao chegar  na rodoviária tomou um taxi e quando ia desembarcar na porta do prédio da justiça federal teve um AVC  e veio a óbito.( Esse fato ocorreu em novembro de 2011)A Rosa ficou viúva, doente e praticamente cega.
A Rosa e o marido haviam assinado em 1988 juntamente com o compromisso da dívida um contrato de seguro por invalidez ou morte assim estaria findado o compromisso contratual de financiamento até porque pagaram prestações por  vinte e dois anos mas a mãe praticamente cega e a filha sem conhecimento dos direitos contratuais não tiveram a casa quitada.
No dia doze de março do ano de 2015 numa situação de vida dramática pela  diabete, problemas renais, trombose e praticamente cega a Rosa faleceu e dezoito dias após, um especulador do ramo imobiliário foi ao cartório com um  falso documento de leilão datado de 2012 validado  pela CAIXA e EMGEA, transferiu a casa para o seu nome e quatro meses mais tarde, às seis e trinta horas  do dia , chegou com três policiais e uma ordem judicial de despejo, e  antes que a filha da Rosa fizesse  o café para os filhos irem para a escola  iniciaram a ação de despejo .Retiraram todos os pertences  e móveis, levaram para um depósito e a mãe e os filhos ficaram até mesmo sem  as roupas para trocarem .Uma vizinha com pena da família os acolheu porque não tinham para onde ir.
Há vocabulário, expressão  gramatical ou qualquer recurso verbal que explique tamanha violação ao direito de família e propriedade? Até hoje a justiça nada resolveu no sentido de exigir providências da CAIXA e EMGEA para que cumpram o contrato e devolvam a casa para a  única filha herdeira do casal.
Fica no ar a pergunta: O que se entende por ordem pública, direito de família, direito de propriedade, segurança patrimonial, responsabilidade cartorial, premissas da CAIXA como empresa governamental responsabilizada pela ordem social através de moradia?
CAIXA E EMGEA são duas empresas governamentais que estão violando o sagrado direito familiar , promovendo a desordem social através de despejos  sem fundamento legal, fomentando a especulação imobiliária através de atos criminosos pela usurpação de casas  ilegalmente vendidas  .
Um final de vida trágico para o casal e o infortúnio para a filha que não tem onde morar.
A justiça nada decide e enquanto isso o especulador  já vendeu  a casa que está sendo reformada para ser novamente vendida. A CAIXA E EMGEA lucram roubando ( sim, a expressão correta é roubo)os imóveis pelos quais já recebeu  os valores devidos pelo empréstimo, pois não levam em conta os longos anos de prestações pagas.
Mas esse caso não  é apenas o segundo relatado nesse blog, há dezenas de famílias despejadas morando de favor, ou em precárias condições  nos arredores da cidade.

domingo, 28 de agosto de 2016

Três mulheres, três histórias o mesmo destino.

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                                    A SEGUNDA HISTÓRIA

A segunda história é a da Rosa Nilva. Conheci-a em 1984 quando cheguei em Ituiutaba para abrir uma área de vendas de cosméticos de uma marca internacional para a qual eu fora convidada para liderança.
Logo comecei a recrutar mulheres, treiná-las para as vendas e a Rosa foi uma das primeiras.
Muito interessada em aprender tudo que lhe proporcionasse condições de ganhar dinheiro logo se destacou como uma das mais dedicadas vendedoras e esse sucesso lhe deu segurança para juntamente com o marido comprar um terreno para edificar a casa pois moravam de aluguel.
O marido tinha a profissão de motorista e o que ganhava não era suficiente para  pagar a prestação do financiamento então a Rosa se comprometeu com 30% do valor das prestações  cujo valor não era alto pelo tamanho e simplicidade da casa que não tinha mais do que quarenta metro quadrados.O casal só tinha  uma filha de oito anos à época e assim a vida seguiu seu curso.
Mas nem sempre tudo acontece conforme planejamos e como relatei no livreto “Estava escrito nas estrelas” a empresa para a qual trabalhávamos encerrou as atividades no Brasil e eu tive que buscar  outra  para dar  suporte financeiro a todas as vendedoras que havia contratado e a Rosa era uma das mais necessitadas de trabalho pelo compromisso assumido no financiamento.
Logo fui admitida em outra empresa como líder e distribuidora dos cosméticos e a Rosa me acompanhou. Nove anos mais tarde abri uma loja para revenda também no varejo  e ficou registrada na foto da inauguração  a presença da Rosa Nilva.
Os percalços da vida às vezes nos tiram do rumo e a Rosa começou a ter problemas renais que com o passar dos anos a levou a um tratamento difícil pelo deslocamento que tinha que fazer para se submeter à hemodiálise em Goiânia.
A filha já adulta teve que arranjar um emprego fora para ajudar nas despesas do tratamento da mãe e o marido pediu aposentadoria antecipada para ficar em casa  cuidando da esposa .
As dificuldades financeiras pelos gastos com a doença acabaram por dificultar o pagamento das prestações do financiamento e após alguns meses  de atraso a filha quitou  todas as prestações  atrasadas com o dinheiro do salário que economizara .Aí já contava vinte anos de pagamentos à Caixa (o contrato era de 1988) mas a CAIXA cedeu os créditos para a EMGEA  que atualizou a dívida de forma abusiva, impossível de ser paga pois  a prestação  aumentada correspondia ao valor do salário mínimo que o marido recebia de aposentadoria.
A doença da Rosa progrediu e foi agravada pela diabete que provocou a perda parcial da visão e o marido sofria  com a precária  condição financeira e os gastos com a doença da esposa.
Foi aí que aconteceu o pior, a CAIXA e a EMGEA  decidiram exec utar o imóvel (após vinte anos de prestações pagas)e quando o casal foi notificado da execução  o marido no desespero viajou para Uberlândia  a fim de buscar uma solução na justiça federal . Ao chegar  na rodoviária tomou um taxi e quando ia desembarcar na porta do prédio da justiça federal teve um AVC  e veio a óbito.( Esse fato ocorreu em novembro de 2011)A Rosa ficou viúva, doente e praticamente cega.
A Rosa e o marido haviam assinado em 1988 juntamente com o compromisso da dívida um contrato de seguro por invalidez ou morte assim estaria findado o compromisso contratual de financiamento até porque pagaram prestações por  vinte e dois anos mas a mãe praticamente cega e a filha sem conhecimento dos direitos contratuais não tiveram a casa quitada.
No dia doze de março do ano de 2015 numa situação de vida dramática pela  diabete, problemas renais, trombose e praticamente cega a Rosa faleceu e dezoito dias após, um especulador do ramo imobiliário foi ao cartório com um  falso documento de leilão datado de 2012 validado  pela CAIXA e EMGEA, transferiu a casa para o seu nome e quatro meses mais tarde, às seis e trinta horas  do dia , chegou com três policiais e uma ordem judicial de despejo, e  antes que a filha da Rosa fizesse  o café para os filhos irem para a escola  iniciaram a ação de despejo .Retiraram todos os pertences  e móveis, levaram para um depósito e a mãe e os filhos ficaram até mesmo sem  as roupas para trocarem .Uma vizinha com pena da família os acolheu porque não tinham para onde ir.
Há vocabulário, expressão  gramatical ou qualquer recurso verbal que explique tamanha violação ao direito de família e propriedade? Até hoje a justiça nada resolveu no sentido de exigir providências da CAIXA e EMGEA para que cumpram o contrato e devolvam a casa para a  única filha herdeira do casal.
Fica no ar a pergunta: O que se entende por ordem pública, direito de família, direito de propriedade, segurança patrimonial, responsabilidade cartorial, premissas da CAIXA como empresa governamental responsabilizada pela ordem social através de moradia?
CAIXA E EMGEA são duas empresas governamentais que estão violando o sagrado direito familiar , promovendo a desordem social através de despejos  sem fundamento legal, fomentando a especulação imobiliária através de atos criminosos pela usurpação de casas  ilegalmente vendidas  .
Um final de vida trágico para o casal e o infortúnio para a filha que não tem onde morar.
A justiça nada decide e enquanto isso o especulador  já vendeu  a casa que está sendo reformada para ser novamente vendida. A CAIXA E EMGEA lucram roubando ( sim, a expressão correta é roubo)os imóveis pelos quais já recebeu  os valores devidos pelo empréstimo, pois não levam em conta os longos anos de prestações pagas.
Mas esse caso não  é apenas o segundo relatado nesse blog, há dezenas de famílias despejadas morando de favor, ou em precárias condições  nos arredores da cidade.




Três mulheres, três histórias o mesmo destino.

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